Baixa escolaridade atinge metade dos eleitores brasileiros
Um pouco mais da metade dos 127,4 milhões de eleitores brasileiros aptos a votar até o final de 2007 não conseguiram completar o primeiro grau ou apenas lê e escreve. O quadro é ainda mais dramático quando somados os 6,46% de eleitores analfabetos em todo o país. Os dados são do Tribunal Superior Eleitoral.
Embora os dados possam apresentar defasagens porque a escolaridade foi declarada no ato do alistamento, as estatísticas confirmam um quadro de desigualdade entre as regiões do país. O Nordeste tem 4,2 milhões de eleitores analfabetos, número maior que a soma de 3,6 milhões de todas as demais regiões do país. Enquanto o percentual de eleitores analfabetos é de 3,51% e 3,84% nas regiões Sul e Sudeste, os estados da região Norte e Nordeste registram 8,74% e 12,22% de analfabetos em seu eleitorado.
Na região Centro-Oeste, os iletrados somavam 4,76% no final do ano passado. Embora possa votar, esse contingente de eleitores é inelegível, de acordo com o parágrafo 4º do artigo 14 da Constituição Federal.
Apenas 3,43% dos eleitores têm nível superior completo. Esse índice é de 3,8% e 4,4% nas regiões Sul e Sudeste, mas de apenas 1,73% e 1,79% no Norte e Nordeste. O Centro-Oeste registra 3,64% de eleitores com nível superior. Dessa minoria sairam 42,4% do total de candidatos a prefeito em todo país, nas eleições de 2004.
De acordo com o TSE, O nível de escolaridade também confirma a grande disparidade educacional entre as regiões brasileiras e mostra um quadro parecido com o do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), medida comparativa de riqueza, alfabetização, educação, esperança de vida, natalidade e outros indicadores sócio-econômicos utilizada pela ONU.
No final de 2007, entre os 19 milhões de eleitores do Sul, a baixa escolaridade atingia 49,3% dos eleitores, com 10,5% deles tendo declarado saber ler e escrever e outros 38,8% que não haviam completado o primeiro grau. No Sudeste, onde residem 55 milhões de eleitores, essa relação era de 11,23% e 34,48%, respectivamente.
No Norte e Nordeste, a baixa escolaridade atinge quase 58% dos votantes. Quando somados com os analfabetos, 70% dos 34,3 milhões de eleitores nordestinos não conseguiram sequer completar o primeiro grau.
Ao se alistarem, 26,7% dos nordestinos declararam que lêem e escrevem, enquanto 31,19% disseram que tinham primeiro grau incompleto. No Norte, esse percentual era de 20,47% e 37,05%. No Centro-Oeste, a baixa escolaridade está entre 52% do eleitorado.
Na comparação entre os meses de janeiro e dezembro de 2007, não houve alterações substanciais nos indicadores de escolaridade registrados pelo TSE. De acordo com o tribunal, houve melhoria no nível de escolaridade em todas as regiões, mas que não chega a meio ponto percentual. A exceção fica com o Centro-Oeste, que registrou uma queda no número de eleitores de 8,9 milhões para 8,8 milhões. A mudança veio acompanhada de uma pequena deterioração nos indicadores de escolaridade, informa o TSE.
Revista Consultor Jurídico, 16 de janeiro de 2008
Por essas e outras o país não desenvolve em inúmeros setores, como o político principalmente, o que falta no Brasil é investimento em massa em educação tirando como exemplo a Índia, China, Coréia até a Indonésia onde os investimentos em educação básica foram muito maiores do que o Brasil, vide os casos de falta de escolas dignas no norte do país, até quando veremos esse caos no ensino, claro o interesse maior na manutenção do caos, são deles políticos incompetentes, na farra de interesses pessoais em Brasília.
Nenhum comentário:
Postar um comentário