Em junho de 2008 Sandra Cavalcanti publicou “A Crise Silenciosa” um artigo que parece escrito hoje. Relembrava o livro do professor americano Stewart Udall, com este mesmo título e prefácio do presidente Kennedy, lançado há 35 anos quando a palavra ecologia estava ausente de quase todos os vocabulários. A obra foi muito divulgada aqui por Carlos Lacerda, admirador da luta conservacionista nos Estados Unidos desde os primórdios de 1800.
Sandra descreve o contentamento de Lacerda quando, após vitorioso esforço retornou de Washington com o financiamento necessário para executar o gigantesco e histórico projeto do sistema Guandu. Há pouco, em 2007, um júri de especialistas mundiais em engenharia elegeu esse projeto como o mais importante entre todos os executados no século passado!
De fato, Lacerda, em seu curto governo, produziu a mais factível e bem articulada legislação sobre o uso da água. A defesa dos mananciais, a recuperação dos que já estavam sendo deteriorados, a distribuição correta e a qualidade da água a ser fornecida. Essa era sua visão de homem público preocupado com a conservação do meio ambiente, já naquele tempo. Lacerda se referia, a cada passo, às advertências de Udall: “De que serve a abundância material se criamos um ambiente em que os atributos mais altos do ser humano não puderem ser exercidos? Cada geração tem um encontro marcado com a terra. Somos apenas arrendatários provisórios deste planeta.”
Mais de meio século passou-se entre o governo de Carlos Lacerda e os nossos dias, e ainda não aprendemos a respeitar a natureza. Quando governador, ele subiu de burrico até o topo da Pedra Branca e viu o perigo dos desmatamentos. Tomou providências enérgicas para evitar que a devastação da Mata Atlântica prosseguisse. Ao deslocar os moradores favelados do morro do Pasmado, reflorestou toda a colina e impediu um projeto federal de erguer ali um hotel da rede Hilton. Transformou o Aterro do Flamengo, destinado a ser uma grande negociata imobiliária, no maior parque urbano do mundo, maior que o Central Park ou o de Palermo. Implantou um interceptor oceânico para receber as redes de esgoto e despoluir as galerias pluviais da orla marítima. Devemos a ele a formidável obra de Guandu que deu ao Rio um abastecimento de água do primeiro mundo, nos livrando de uma seca de cem anos.
E Sandra Cavalcanti conclui seu artigo dizendo: “Quando vejo todo esse auê por conta do meio ambiente, quando leio as asneiras divulgadas pelas autoridades de plantão, penso na falta que nos faz um administrador, realizador e estadista como foi Carlos Lacerda. Amém. Fonte: J.A.Gueiros (Globo Online)
Sandra descreve o contentamento de Lacerda quando, após vitorioso esforço retornou de Washington com o financiamento necessário para executar o gigantesco e histórico projeto do sistema Guandu. Há pouco, em 2007, um júri de especialistas mundiais em engenharia elegeu esse projeto como o mais importante entre todos os executados no século passado!
De fato, Lacerda, em seu curto governo, produziu a mais factível e bem articulada legislação sobre o uso da água. A defesa dos mananciais, a recuperação dos que já estavam sendo deteriorados, a distribuição correta e a qualidade da água a ser fornecida. Essa era sua visão de homem público preocupado com a conservação do meio ambiente, já naquele tempo. Lacerda se referia, a cada passo, às advertências de Udall: “De que serve a abundância material se criamos um ambiente em que os atributos mais altos do ser humano não puderem ser exercidos? Cada geração tem um encontro marcado com a terra. Somos apenas arrendatários provisórios deste planeta.”
Mais de meio século passou-se entre o governo de Carlos Lacerda e os nossos dias, e ainda não aprendemos a respeitar a natureza. Quando governador, ele subiu de burrico até o topo da Pedra Branca e viu o perigo dos desmatamentos. Tomou providências enérgicas para evitar que a devastação da Mata Atlântica prosseguisse. Ao deslocar os moradores favelados do morro do Pasmado, reflorestou toda a colina e impediu um projeto federal de erguer ali um hotel da rede Hilton. Transformou o Aterro do Flamengo, destinado a ser uma grande negociata imobiliária, no maior parque urbano do mundo, maior que o Central Park ou o de Palermo. Implantou um interceptor oceânico para receber as redes de esgoto e despoluir as galerias pluviais da orla marítima. Devemos a ele a formidável obra de Guandu que deu ao Rio um abastecimento de água do primeiro mundo, nos livrando de uma seca de cem anos.
E Sandra Cavalcanti conclui seu artigo dizendo: “Quando vejo todo esse auê por conta do meio ambiente, quando leio as asneiras divulgadas pelas autoridades de plantão, penso na falta que nos faz um administrador, realizador e estadista como foi Carlos Lacerda. Amém. Fonte: J.A.Gueiros (Globo Online)
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