O indicador registrou 2,14 milhões de tentativas de golpes em 2012,
número recorde desde 2010. Uma tentativa a cada 14,8 segundos.
Criminosos usam dados falsos ou informações de vítimas para aplicar
golpes na emissão de cartões de crédito, compra de automóveis, abertura
de conta corrente, financiamento de eletrônicos, compra de celulares
etc.
A cada 14,8 segundos um consumidor brasileiro é vítima da tentativa
de fraude conhecida como roubo de identidade, em que dados pessoais são
usados por criminosos para obter crédito com a intenção de não honrar os
pagamentos ou fazer um negócio sob falsidade ideológica. O dado faz
parte do Indicador Serasa Experian de Tentativas de Fraudes, que
registrou, entre janeiro e dezembro de 2012, 2,14 milhões de tentativas
de fraudes, número recorde no período desde 2010, quando a medição
começou. Em 2011, houve 1,96 milhão de registros entre janeiro e
dezembro e, em 2010, 1,87 milhão no mesmo período.
O Indicador Serasa Experian mostra ainda que os setores de serviço e
telefonia lideraram os registros de tentativa de fraude em 2012. O
primeiro, que inclui seguradoras, construtoras, imobiliárias e serviços
em geral (pacotes turísticos, salões de beleza etc.), teve 746.318
registros, o correspondente a 35% do total. Desde o início da medição da
Serasa, os serviços lideram o ranking de tentativas de fraudes – foram
34% em 2011 e 31% em 2010.
O setor de telefonia assumiu a liderança em 2012 com 749.213 casos de
tentativas de fraude, 35% dos registros. Em 2011, esse índice foi de
26%. O ranking é composto ainda de bancos e financeiras (18%), varejo
(10%) e outros (2%).
O indicador da Serasa Experian aponta que houve queda nas tentativas
de fraude nos bancos (18% em 2012; 26% em 2011 e 28% em 2010), por conta
da retração na procura por crédito, e um crescimento em telefonia e
serviços. A popularização da internet e das mídias sociais é apontada
como um fator impulsionador desse tipo de ação criminosa.
É comum as pessoas fornecerem seus dados pessoais em cadastros na
internet sem verificar a idoneidade e a segurança dos sites. Os
golpistas costumam comprar telefone para ter um endereço e comprovar
residência, por meio de correspondência, e, assim, abrir contas em
bancos para pegar talões de cheque, pedir cartões de crédito e fazer
empréstimos bancários em nome de outras pessoas. Normalmente eles usam
os cartões e cheques para dar golpes (ver abaixo as principais
tentativas).
Pesquisas da Serasa Experian apontam que estão mais suscetíveis às
fraudes os consumidores que tiveram seus documentos roubados. Com apenas
uma carteira de identidade ou um CPF nas mãos de golpistas, dobra a
probabilidade de ser vítima de uma fraude.
(Redação – Agência IN)
Nenhum comentário:
Postar um comentário