quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Gabeira (Verdade?) Que isso companheiro !!

Segundo Zito, existem dois Gabeiras: o deputado federal e o candidato a prefeito da Cidade do Rio de Janeiro. Para ele (Zito) é preciso apresentar o “Gabeira municipal”, sem levantar bandeiras polêmicas, como a descriminalização da maconha e a regularização do “trabalho” das prostitutas.

Se existem dois Gabeiras, desconhecemos, no entanto, as práticas que vêem sendo adotadas pelo nobre deputado não condizem com o que este prega perante a mídia. Vejamos:

1 – Dois Gabeiras.

Conforme matéria publicada no “Informe” do Jornal “O Dia” (terça-feira – 19.12.2006) do colunista Dácio Malta, Gabeira gastou no ano de 2006, em média R$ 3.709,36 por mês de gasolina. O preço médio do litro, na época, era de 2,69. Ou seja, com esse dinheiro, ele comprou 1.379 litros. Como um carro gasta, em média, um litro para 11 quilômetros, o nobre parlamentar rodou pó mês o equivalente a 15.169 quilômetros.

Como é necessário levar o carro para a revisão a casa 10 mil quilômetros, imagina-se que o carro do Gabeira tenha ido para oficina a cada duas semanas e meia. È coisa de doido! Aposto que a mania do Eduardo Brandão, de gastar tanta gasolina em poucas viagens, contagiou o companheiro Gabeira.

2 – Gabeira é o parlamentar que mais se orgulha de ser defensor, no Congresso, da Moral e da Ética.

Não faz muito tempo esbravejou com o ex-deputado Severino Cavalcanti (PP-PE, então presidente da Câmara dos Deputados). Disse ele, dedo em riste, altos brados: “Vossa excelência não tem moral para conduzir os trabalhos desta casa!” A ênfase do parlamentar carioca foi de tal ordem que Severino limitou-se a encará-lo sem nada dizer. A estranha veemência do parlamentar verde, que parecia saído de um transe, ocorreu de forma tão surpreendente que o plenário silenciou para ouvi-lo. Esse era o Gabeira, mágico e audacioso, como nos tempos em que exibiu sementes de maconha no Congresso, logo depois de usar tanguinha na praia. No entanto, como o presidente do seu partido, Penna, Gabeira não toma as mesmas atitudes, pois, em casos mais graves, como desvio do dinheiro do fundo partidário que é dinheiro público, ele se omite.

Ao mesmo tempo em que prega a moralidade, Gabeira deu-se muito bem no parlamento. Se há em deputado vitorioso é ele. Veja o prezado leitor, o ano ainda não acabou e o nobre deputado, só nos primeiros seis meses desde 2008, já embolsou de verbas indenizatórias, ou seja, aquelas que não são fiscalizadas, onde o deputado apresenta qualquer tipo de recibo, a quantia de R$ 59.931,28. Isto, sem falar que no ano de 2006 o nobre deputado embolsou R$ 142.481,92, sendo R$ 71 mil apenas com aluguel de imóvel para escritório. Que escritório, hem!?...

3 – Pior a emenda que o Orçamento. Gabeira

Eleito pelo Rio, não demonstra o menor respeito pelos votos que recebeu e faz isso de maneira ostensiva defendendo verbas para outros. Para se ter uma idéia, só no ano de 2008, Gabeira apresentou emendas destinando verbas a São Paulo, Goiás, Minas Gerais e Pernambuco, num total de R$ 2.100 (dois milhões e cem reais).

Indagado sobre a destinação desses recursos, justificou dizendo que o dinheiro seria de relevância para áreas ambientais. Perguntamos: esse será a oportunidade que o “padre” Camacho terá de mandar despoluir o Lago João Gomes, em Campina do Monte Alegre (SP)? Se isso acontecer, a população campinense até que se sentirá recuperada de metade dos malefícios que o “santo sacerdote” já operou naquele município.

4 – Gabeira, fingindo-se de vítima.

Recentemente, sobre a questão salarial na Câmara dos Deputados Federais, em Brasília, travou-se um duelo entre os parlamentares Fernando Gabeira e Miro Teixeira. Este era a favor que o teto salarial dos deputados fosse igual no Legislativo e no judiciário, em torno de R$ 24.500,00. Enquanto Gabeira era contra, a ponto de ter ido ao Supremo Tribunal Federal (STF), pedir que a proposta fosse considerada inconstitucional. No entanto Miro pedia para que os deputados abrissem mão das chamadas verbas indenizatórias, aquelas que os deputados apresentam como despesas, sem precisar de sua comprovação, coisa que Gabeira só naquele (2006) já havia se beneficiado de R$ 142.481,92. Vale lembrar que os deputados Miro Teixeira (PDT) e Fernando Lopes (PMDB), são os únicos parlamentares, do Rio de Janeiro, que não recebem as verbas indenizatórias.

Revoltado, com a proposta de Miro Teixeira, Fernando Gabeira assim reagiu:

“Se querem fazer concurso e eleger quem se sacrifica mais pelo país, deputado Miro Teixeira, posso dizer que já não tenho um pedaço do fígado, estômago e rim. Topo tudo pelo Brasil! Não estou de brinquedo! E não aceito que venham fazer essas pequenas tramas neste momento, que é histórico. Isso é falta de respeito!”.

Miro respondeu:

“Do meu mandato nunca fiz show, nunca saí atacando esta Casa , nunca disse que deputados votavam pensando em dinheiro. Trato com respeito os meus pares. Faltar um pedaço do corpo é doloroso. Muito mais doloroso do que faltar parte do corpo é faltar caráter”.

Os argumentos do ex-guerrilheiro se acabaram. Esse é o Gabeira! Não perde a oportunidade para um instante de exibicionismo, visando a mídia. O importante para ele é manter-se na crista da onda, fazendo Show como se estivesse diante das câmeras de TV. Seu discurso indica na boa direção, mas a prática é outra, como vemos acontecer no PV.

Eis algumas táticas do Gabeira:

I – Quando candidato à reeleição a deputado federal (1998), apresentou ao Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Rio de Janeiro, sua Prestação de Campanha com um gasto de apenas R$ 5.000,00. Ele próprio dizia-se orgulhoso do seu extraordinário senso de economia. A mágica foi de tal ordem que o líder verde jamais pode explicar o fenômeno aos seus pares mais íntimos, exceto para sua assessora Neila Maria Pinto Tavares que assinou a referida Prestação de Contas com o chefe.

Ninguém sabe como nem por que, isso transformou-se em segredo, agora revelo. Depois dessa proeza, a critica Neila revolucionará qualquer dia desses o mundo acadêmico, com o que chamará de “economia partidária”, pois com sua metodologia, qualquer pé-de-chinelo poderá eleger-se para a Câmara Federal. Quando isso acontecer, o PV terá atingido o que todos nós queremos: a democracia plena, verde com a esperança.

O que Neila e o chefe dela não sabiam: havia um reporte fotográfico seguindo os passos do nobre parlamentar e registrou que na campanha baratinha havia ajudas financeiras não declaradas ao TER-RJ. Exemplo: um carro elétrico que lhe fora doado pela Fiat, conforme consta de ampla matéria publicada no Jornal “O Globo”, de 17.08.1998. Comenta-se, também, que houve outras ajudas, inclusive do empresário Paulo Moraes, conforme está registrado no e-mail do ex-Conselheiro Nacional do Partido Verde, Sr. Eduardo Coelho de Lima.

II – Ressabiado, na campanha de 2002 Gabeira foi mais generoso com o TER-RJ: declarou investimento de R$ 114.539,90, tendo um aumento na evolução de sua arrecadação de mais de 2.000%, em relação á campanha anterior, porém, não teve acanhamento de como e de onde pegar dinheiro para sua campanha. Recorreu de preferência à Indústria do Amazonas, Klabin S.A., Carvalho Hoskem, todas elas poluidoras. Que vergonha!... Na anciã de eleger-se o ex-guerrilheiro jogou por terra todo o postulado sobre o qual o PV se apóia com Partido Ecológico contrário, portanto, a quaisquer focos poluidores. Que decepção!...No que era verde para os militares do PV ele doou o tom cinza das queimadas, florestas destruídas, terra calcinada.

III - Na campanha de 2006Gabeira exagerou, partiu para o escracho: recebeu doações de Mineradoras, Metalúrgicas e até da União dos bancos Brasileiros S.A. O colunista Cláudio Humberto (Jornal “O Dia” – 28.11.2006), colocou-lhe o apelido de “Metal Forte”. Nessa eleição o dinâmico Gabeira arrecadou a bagatela de R$ 503.000,00, ou seja, uma evolução em relação à campanha anterior, da ordem de 500%. Seria tudo obra de Neila Tavares?

Curiosidade! Em maio a soma tão elevada, na prestação de contas do deputado Gabeira há uma doação de minguados R$ 5.000,00, feita dia 26.07.2006, pela ex- assessora Neila, hoje, sua esposa. Nasa de errado nisso, mas ao confrontar com o demonstrativo das despesas, revelou-se o lado surpreendente: entre os dias 25.08. a 28.09.2008, a mesma Neila sacou R$ 8.700,00, da conta do candidato; ou seja pagou os R$5.000,00 de volta e mais um adiantamento de R$ 3.700,00.

Não é à toa que apontam Neila como a boa administradora. Dizem, também, que ela é esperta e trata do dinheiro com mais habilidade que qualquer gerente de banco ou agiota em casa de Câmbio. Essa coisa que aqui narramos era segredo. Desse detalhe ele nunca falou com ninguém. Por isso, estamos, destacando sua competência. Sinto-me um privilegiado por tomar conhecimento dessa habilidade da “economista” Neila que, em menina, foi aluna aplicada em colégio de freiras, gostava das aulas de religião e de ser acarinhada com cafunés. Hoje, senhora respeitável, nas folgas faz tricô e, como ninguém, luta à sua maneira e pelo PV. Por ser católica, parece ter admiração especial pelo “Padre” camacho, outro religioso verde que adora as verdinhas!


Obs (Sem Ônus): O Zito é do PSDB partido que apoia o Gabeira isto é incrível não é mesmo.

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