quinta-feira, 26 de março de 2009

WWF (Movimento Hora do Planeta) 28 de março - Apagar as luzes entre 20h30 e 21h30


Apague as luzes por uma hora e diga aos líderes políticos mundiais que você está a favor do planeta e contra o aquecimento global

Movimento Hora do Planeta, promovido pela WWF, quer mobilizar bilhão de pessoas em todo o mundo no dia 28 de março
Luz_Natural

A edição 2009 da Hora do Planeta pretende ser uma espécie de eleição global. Apagar as luzes entre 20h30 e 21h30, no dia 28 de março, significará votar a favor da Terra. Deixá-las acesas contará um voto para o aquecimento global. A meta do WWF é alcançar 1 bilhão de votos pelo planeta e apresentá-los aos líderes políticos dos vários países que vão se reunir em Copenhagen (Dinamarca), em dezembro, na 15ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática.

Segundo a WWF-Brasil, o ano de 2009 é crucial para o futuro do planeta, pois os países precisam assinar um acordo internacional com medidas para que o aquecimento global já em curso se mantenha abaixo dos 2º C. De acordo com a ONG, “será um ano de mobilização para que os países finalmente assinem, na Dinamarca, um acordo para reduzir drasticamente as emissões de gases do efeito estufa”.

Até segunda-feira, dia 23 de março, a Hora do Planeta 2009 já registrava a adesão de cidadãos, empresas e autoridades de 1.760 cidades em 80 países. Clique aqui para se cadastrar e obter mais informações.

O Instituto Akatu pelo Consumo Consciente e algumas de suas empresas parceiras, como HSBC, Rede Globo e Vivo (parceiros mantenedores) e Editora Abril (parceira institucional), apóiam esta iniciativa. O Akatu acredita que ações como essa ajudam a conscientizar os consumidores sobre a necessidade urgente de medidas no combate ao aquecimento global. E despertam a reflexão sobre as pequenas mudanças nos hábitos cotidianos, que provocam grande impacto quando praticadas por todos.

No Brasil, o movimento conta com a adesão oficial da cidade do Rio de Janeiro. De acordo com o prefeito carioca Eduardo Paes, serão desligadas as luzes de ícones da cidade, como o Cristo Redentor, o Pão de Açúcar, o Parque do Flamengo e a orla de Copacabana. Outras cidades que aderiram são Curitiba, Porto Alegre e Brasília, além do Estado do Amazonas.

Primeiro na Austrália, depois no mundo
O movimento Hora do Planeta surgiu na Austrália, em 2007, quando 2,2 milhões de habitantes em Sydney apagaram as luzes de suas casas e apartamentos, no dia 31 de março, durante uma hora. Monumentos, pontes e espaços públicos também ficaram às escuras. Na Austrália, cerca de 80% da eletricidade é produzida por usinas termoelétricas a carvão, o mais emissor de gases de efeito estufa entre os combustíveis fósseis. Por isso, na Austrália, reduzir o consumo de energia elétrica reduz também a emissão desses gases.

Em todo o mundo, a produção de energia é o setor que mais emite gases de efeito estufa, com 26% do total. Em 2008, a Hora do Planeta tornou-se um movimento global, com adesão de 50 milhões de pessoas de mais de 370 cidades em 35 países.

No Brasil, embora a maior parte das emissões de gases de efeito estufa seja pelo desmatamento e pelas atividades agropecuárias, é importante participar “votando” a favor da Terra com o simples ato de apagar as luzes. Como diz o site mundial da Hora do Planeta, diferentemente de qualquer outra eleição na história, “nesta não importa em que país você vive, mas em que planeta você vive. Todos nós temos um voto, e cada voto conta”.

A Hora do Planeta é um belo convite à reflexão e nos desperta para as pequenas ações transformadoras praticadas no cotidiano. Veja abaixo algumas sugestões do Akatu que mostram como mudanças na sua forma de consumir podem contribuir para combater o aquecimento global e as mudanças climáticas:

Saber de onde vem a carne que você come
A criação de gado na Amazônia é atualmente um dos principais indutores da devastação da floresta. No supermercado ou no açougue, peça informações sobre a origem da carne, dando preferência a comprar de empresas que afirmam selecionar fornecedores que não trabalham em áreas desmatadas ilegalmente.

Preferir produtos de madeira certificada
A destruição das matas nativas é a maior fonte de emissão de gases de efeito estufa no Brasil. E quase toda madeira extraída ilegalmente é vendida no próprio mercado brasileiro. Comprar apenas produtos feitos com madeira certificada, aqueles que têm o selo FSC, ou o de madeira de reflorestamento, é a maneira mais segura de saber que você não está colaborando com o desmatamento ilegal.

Comprar produtos florestais sustentáveis
Além de ser a principal causa de emissão de gases de efeito estufa no Brasil, o desmatamento ilegal, sobretudo na Amazônia, traz sérios prejuízos ao meio ambiente e à sociedade. Uma das formas de combatê-lo é criar alternativas de geração de emprego e renda para a população amazônica a partir do uso sustentável da floresta. Você pode apoiar essas iniciativas comprando produtos feitos pelas comunidades que vivem na floresta Amazônica, como cestos ou óleos artesanais, ou mesmo produtos industrializados, como chocolates ou produtos de beleza, que usem matéria-prima extraída da floresta de forma não predatória e em parceria com as comunidades locais.

Usar álcool combustível e andar menos de automóvel
A queima dos combustíveis fósseis, como gasolina e diesel, é uma das causas do aquecimento global. Usar cada vez menos o automóvel e mais o transporte público, a bicicleta ou mesmo ir a pé são boas alternativas. Se você decidir comprar um carro, escolha um modelo com motor flex fuel, usando apenas o álcool como combustível. O álcool é produzido a partir da cana-de-açúcar que, em seu processo de crescimento, absorve gás carbônico e compensa cerca de 95% do que é emitido na queima do etanol nos motores.

Repensar o consumo de produtos
A fabricação de qualquer produto envolve extração e processamento de matéria-prima, uso de água e de energia na produção, além do gasto de combustível no transporte até as lojas. Todos esses processos causam a emissão de gases de efeito estufa. Que tal repensar seu consumo antes de comprar um produto novo? Será que não dá para reaproveitar, usar por mais tempo ou procurar consertar o que está quebrado?

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