Barra se consolida como alvo de investimentos imobiliários
Publicada em 21/06/2011 às 11h30m
RIO - No dia 2 de outubro de 2009, em evento em Copenhague, era anunciada a vitória do Rio como cidade-sede das Olimpíadas de 2016, para a alegria dos cariocas. A região que mais comemorava, no entanto, era a Barra da Tijuca. Terreno fértil para investimentos imobiliários, a expectativa de que este segmento do mercado crescesse ainda mais nesta área e em bairros vizinhos, como Recreio e Jacarepaguá, era grande. Um ano e meio depois, os números confirmam as previsões. De acordo com a Associação de Dirigentes do Mercado Imobiliário (Ademi), em 2010, só na Barra, foram comercializados 5.053 imóveis, contra 3.540 em 2009.
- A Barra, apesar do trânsito, continua a atrair muito investimento. Com a aproximação da Olimpíada e da conclusão das obras de melhorias no transporte público, esse número só tende a aumentar - garante José Conde Caldas, presidente da Ademi e da construtora Concal.
Segundo dados da imobiliária Patrimóvel, que atua fortemente na região, o metro quadrado no Recreio, que antes custava em torno de R$ 3 mil, hoje fica em R$ 5 mil. Na Barra, o aumento, neste período, foi de R$ 4 mil para R$ 7 mil. As preocupações são com a infraestrutura, mas os empresários do setor comemoram investimentos do poder público em transporte (linha 4 do Metrô e corredores expressos de ônibus) e saneamento básico (estações elevatórias de esgoto). Em áreas próximas à futura Transoeste, perto do Recreio Shopping, o metro quadrado passou, de 2010 para 2011, de R$ 2.800 para R$ 4.200.
- Era esperado o crescimento. E ele veio de maneira vertiginosa. Hoje, há compradores de outros estados e até de outros países - revela Rubem Vasconcelos, presidente da Patrimóvel.
Com a maior procura por imóveis na Barra, o segmento de luxo, não muito forte no bairro, ganhou força no segundo semestre de 2010. No condomínio Royal Blue, recém-lançado pela Even na Avenida das Américas, com 190 apartamentos, o preço mínimo de uma unidade é de um milhão de reais.
- A Barra já vinha se consolidando como alvo do crescimento deste mercado há um bom tempo, mas a confirmação das Olimpíadas acelerou o processo. Hoje temos uma classe média ávida por comprar imóveis no bairro - garante Johnny Guedes, diretor-presidente da Nova Aliança Imóveis.
Para Hermolin, o investimento em novas áreas, formando espécies de subbairros, como o Cidade Jardim, deve-se ao maior investimento no transporte público.
- Com a chegada de novos meios de locomoção, os compradores já não têm tanta rejeição a locais mais distantes, por exemplo, da Avenida das Américas. Muito da expansão é fruto do investimento que a Barra vem recebendo - completa Claudio Hermolin, vice-presidente da Ademi.
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